domingo, 17 de julho de 2016

MANUTENÇÃO DE GORDINI

Há alguns anos, diversos proprietários dos fumacentos DKW (Vemaguet, Belcar, Candango e Fissore) uniram forças e hoje em dia não só promovem um impressionante encontro anual (BLUE CLOUD), como também se deram ao luxo de constituir uma concessionária (DEKABRÁS), para adquirir peças novas (mecânicas e de acabamento). Assim, fica menos árdua a tarefa de preservar seus DKW enquanto proporcionam gloriosos anos de vida às suas "pequenas maravilhas".
Infelizmente o mesmo não acontece (ainda) com outro carro, que lhe foi contemporâneo: o Gordini. Como todos sabem, trata-se de um legítimo Renault, aqui fabricado na década de 60 (sob licença) pela Willys Overland do Brasil.
Em meus arquivos já constam placas de mais de 440 exemplares de Gordinis, e acredito que exista pelo menos outro tanto a ser identificado. Algumas unidades devem estar tão deterioradas que, no máximo, seriam "doadoras de peças". Outras dependem de peças vitais para poder voltar a rodar (motor, embreagem, câmbio, freios etc.).
Na condição de proprietário de um Gordini, ano 1966, até que não posso me queixar. Tive a sorte de encontrar um carro bem preservado e apto a circular normalmente. Depois que o adquiri, em maio/2015, promovi a instalação do carburador original (ele usava um do Fusca), pneus na medida original (ele estava com pneus de Fusca), e algumas peças desgastadas logo substituídas  - como as mangueiras do radiador e do carburador para o filtro de ar, por exemplo. Ainda assim, volta e meia surge uma dificuldade, como encontrar o carvão da embreagem, ou ajustar a transmissão para que as marchas não arranhem ou a embreagem não trepide tanto. Não custa lembrar que estou falando de um carro com 50 anos de "vida"!
Um problema que atinge os donos de Gordini está na parte elétrica, mais especificamente no comando de setas e/ou farois. Os preços das poucas peças originais à venda assustam e desanimam. Algumas delas são "made in france" e cotadas em euros.
Então, sabendo que os automóveis de todas as marcas possuem "peças intercambiáveis" e que, muitas vezes, é inviável (financeiramente) ou impossível adquirir uma peça original, pensei em ir publicando, neste blog, algumas dicas quanto à utilização de "peças compatíveis". Aceito sugestões dos internautas.
Por exemplo, na impossibilidade de se encontrar os amortecedores dianteiros do Gordini, pode-se adaptar os do modelo "X". No lugar do câmbio original, pode-se adaptar o do modelo "Y"... e por aí vai.
Evidentemente, esse é um recursos extremo. O ideal seria utilizar sempre que possível peças originais - novas ou recondicionadas...
Então, aos Gordineiros que acessaram este blog, ficarei no aguardo de mensagens para o meu e-mail - aeferreira@hotmail.com - com dicas tanto para adaptação de peças, quanto no fornecimento de telefones e sites para localizar peças novas e usadas para nossos Gordinis. 
Quem sabe, um dia, venhamos a ter uma GORDOBRÁS ?

GORDINI À VENDA

Olá internauta. Não costumo anunciar carros aqui em meu blog, e nem é essa a finalidade.  Só que eu não poderia privá-los da chance de adqui...