No Brasil, os Dauphines/Gordinis são lembrados mais pela pouca durabilidade do que pelos seus muitos predicados, como por exemplo o valente motor. Com apenas 845 cc rendia 32 cv no Dauphine e 40 cv no Gordini. O rival brasileiro, à época (Fusca 1200) não dava pro gasto numa saída de semáforo, por exemplo. O porta-malas do Fusquinha também ficava no cofre dianteiro, mas o do Gordini era maior, por duas razões básicas: não carregava o tanque de gasolina (ficava atrás o encosto do banco dianteiro) e não levava o estepe (este ficava sob o assoalho, acessado por uma portinhola que também abrigava a placa dianteira. E mais um importante detalhe: só o Gordini oferecia o conforto das 4 portas, sendo que as traseiras tinham um mecanismo que impedia sua abertura por crianças. No Fusca, para alguém se sentar no banco de trás, o motorista ou o passageiro da frente muitas vezes tinha que sair do carro...
C U R I O S I D A D E S:
Sendo o Dauphine/Gordini um carro genuinamente francês, teria sido uma honra e tanto para a Renault exibi-lo em 1957 à Rainha Elizabeth - soberana da Inglaterra:
A exemplo do Cornowagen (Fusca com teto solar), o Renault Dauphine também oferecia esse interessante acessório (foto à direita). Mas é certo que por aqui esse recurso também teria sido recusado pelo mercado. Mas cá entre nós, ajudaria a ventilar melhor a cabine e amenizaria a sensação de pouco espaço...
Quantas pessoas cabem num Dauphine/Gordini?
Errou quem disse 5, e também que imaginou que o porta-malas seria aberto para acomodar mais algumas pessoas. Se contarmos apenas as cabeças visíveis dentro da cabine, teremos 12 pessoas. Somando a pessoa sentada sobre a tampa traseira, teremos um total de 13... Sobraram 7 pessoas em pé, mas se elas se sentassem no teto e no capô dianteiro...
Para finalizar, imaginem o Dauphine Gordini 1961 rodando em caminhos cobertos com... neve! Sim, mas a valentia era acompanhada de um truque simples: correntes envolvendo cada pneu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário